Relacionamentos um mapa que nos conduz a conquista do Território

Ser “Persona” é dar-nos a nos mesmos a liberdade de ser este que eu sou…Quando sabemos quem somos e a onde vamos, fica mais fácil sabermos com quem vamos...

Todos nos temos zonas de nos próprios que não conseguimos ver sozinhos, para acedermos a elas, precisamos do outro, o outro é um espelho onde vemos refletida uma parte de nos, que sozinhos não conseguiríamos ver, dai que o nosso parceiro(a), seja o melhor espelho para descobrir mais de nos mesmos, crescermos e expandir-nos, cumprindo a final de contas com o objetivo essencial das Relações. 

Escolher a companhia de outra pessoa, não para forcar-lha a estar, mas sim deixando a porta aberta para termos a certeza de que essa pessoa esta aí porque nos quer, e acima de tudo termos nos a certeza de que estamos ao seu lado porque queremos verdadeiramente estar, implica sermos autênticos, sentir o que sentimos, pensar o que pensamos, agir como agimos, correr os riscos que queremos correr e assumir a responsabilidade por tudo isso. Estas qualidades fazem de ti, uma pessoa que se compromete a defender a sua própria liberdade e em consequência a do outro,

Continuarmos na inconsciência da dependência do outro(s), fecha as portas para relações de amor saudáveis, satisfatórias e gratificantes. Não soltarmos, aferra-nos para reter ao outro, fomenta também a sua dependência de nos, o que acaba num circulo vicioso tóxico e nocivo, onde a relação se torna uma prisão escravizante, e o amor indubitavelmente  acaba por esmorecer e morrer.

Quando amas, acreditas que o outro tem de ser como tu o imaginas?

Tem de sentir e pensar o mesmo que tu sentes e pensas em relação a ele(a)?

Tem de pedir o que ele(la) quer para que sejas tu a proporciona-lho?

É difícil que um amor sustentado nestas crenças sobreviva e as partes saírem ilesas do processo, no entanto para a grande maioria, esta ilusão do Amor suplanta o Amor Real, aquele que concede, que se empenha, que alavanca, que fomenta que aquele(s) que eu amo, também tenham um espaço de liberdade onde possam fazer o que mais gostam, mesmo que isso não me inclua.

O Amor Adulto implica a decisão de vivermos uma vida autentica, real, comprometida, aceitando e assumindo o risco de amar, de que essa pessoa pode deixar de amar-nos, assim como o risco de sermos nos quem deixe de o amar.

Neste sentido a nossa panorâmica do que é o amor abre-se para uma nova consciência, mais plena e harmoniosa, amamos ao outro embora ele(a) não fique connosco. O amamos porque aprendemos a amar-nos a nos próprios.